e a entrega ao inusitado sempre reserva surpresas.
Encontrei a velha guarda.
Quando somos adolescentes 10 anos são um abismo mas quando atingimos a maturidade 10 anos são interessantes.
Encontrei também uma ex namorada de um ex amor.
Essa coisa de ex é complicado. Instantaneamente ela me reconheceu e me acertou com: eu te conheço do teatro.
Seu rosto me era totalmente estranho. Não possuía nenhuma lembrança de seu nome. Comecei a puxar pela memória e me lembrei pelo nome que ela tinha sido a namorada do meu ex amor.
Eu era apaixonada pelo cara que era meu amigo quando ele começou a namorá-la. Putz, foi um choque. Acho que é por isso que deletei completamente a lembrança da sua face na minha mente.
E o clima começou meio chato mas a cerveja foi deixando tudo mais legal.
Ela achou que eu estava dando em cima do nosso amigo em comum. Ele estava a fim dela, ela a fim dele e eu ali, interessada na cerveja, no beck e em fugir da mediocridade do mundo chatinho falando um monte de besteiras prolixas.
A sensação de competir com a mina novamente foi foda. Não disse à ela que eu não tinha o menor interesse no cara. Fiquei lá naquele joguinho esperando a hora de perder pra ela novamente.
Looser. Eu, que estava atrás do inusitado o encontrei.
Ela toda poderosa, tatuada, descolada.
Eu toda quebrada, redonda, evasiva.
No final ficou tudo bem. Ela ganhou o cara que eu não queria e eu chapei e voltei pra casa dormir no sofá ouvindo a chuva.
No dia dos mortos os zumbis apareceram. Viva o inusitado!
domingo, 4 de novembro de 2007
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